A Cúria Romana na visão de um brasileiro
O jornalismo da Rádio Cidade teve acesso à Cúria Geral em Roma, que comanda os trabalhos missionários da Igreja católica, realizado em todo o mundo. Padre Toninho, brasileiro, é o conselheiro geral da Cúria Romana e explica que a entidade surgiu em 1850, por vontade de um grupo de padres da diocese de Milão, que tinham a vontade de ir para fazer missões. Então o papa da época, Pio IX, pediu para que organizasse um grupo de padres missionários.
Segundo Toninho, foi preparado cinco anos o grupo de padres que já eram ordenados. Logo após foram enviados para Papua-Nova-Guiné. Infelizmente, essa primeira expedição não deu muito certo e um padre morreu de malária e outro foi martirizado. Outros que estavam nessa comitiva voltaram para trás. “Mas como a missão é obra de Deus, depois de um tempo deu certo e voltaram novamente sobretudo na Ásia, que é do nosso carisma fazer trabalhar nas regiões onde existem os não cristãos”, destaca Toninho.
Em 1927, o Pime teve uma nova denominação, ficando com o Pontifício Instituto das Missões Exteriores, após feita uma fusão do Instituto de Roma e de Milão. Pontifício porque é ligado ao Vaticano e subordinamos ao papa, sendo uma abertura de missão.
Segundo padre Toninho, como Deus conduz a história da humanidade, o Pime nasceu com uma finalidade especifica para os países não cristão na grande maioria seria na Ásia e a Oceania, e depois da Segunda Guerra Mundial, em 1946, muitos missionários não puderam partir para as missões e muitos outros missionários do Pime, em especial os das comunistas. E nessa forma tinha muito missionários na Itália, o papa pediu que fosse feito África e América Latina .
A primeira instalação do Pime foi São Paulo, depois no Amazonas e Amapá. No Sul do Brasil foi aberta uma unidade no norte do Paraná e uma pequena presença em Tubarão, para ajudar na formação dos padres diocesanos. Em 1980, foi aberta uma unidade em Brusque, para os estudantes fazerem de filosofia e outra em Florianópolis. Outro núcleo em Mato Grosso e também no Nordeste do Brasil.
Após a eleição de papa Francisco, padre Toninho falou que foi gesto muito corajoso e muito humilde a renúncia de Bento XVI. Mesmo que muitas pessoas da sociedade percebam o seu gesto como uma fraqueza, para o Pime é um gesto de uma pessoa consciente, muito forte, medindo as força e podendo acompanhar toda evolução da igreja e do mundo.
Segundo o padre, a igreja é a Igreja Católica. É uma instituição que repousa no domínio de uma pessoa apenas e toda outra demais hierarquia da igreja que é corresponsável na administração pastoral e missionária. O papa fez esse gesto corajoso de humildade, renunciando ao cargo.